As bolsas da Ásia fecharam em baixa hoje, com o noticiário sobre os impactos do coronavírus na economia ainda no radar. Além disso, a forte baixa do petróleo contribuiu para a menor propensão ao risco entre investidores e penalizou ações ligadas à commodity.

Na China, a Bolsa de Xangai registrou queda de 0,90%, a 2.827,01 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, recuou 0,82%, para 1.834,82 pontos. Mesmo com o país começando a retomar a atividade, analistas ainda estão cautelosos sobre esse processo e o Nomura projetou ontem que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês recue 0,5% no segundo trimestre, com recuperação mais lenta do que o previsto.

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Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em baixa de 1,97%, em 19.280,78 pontos. Recuos das companhias eletrônicas foram maiores do que os avanços em alguns papéis do setor de alimentos. TDK caiu 4,4% e Olympus, 4,6%, enquanto a fabricante de chocolates Meiji Holdings subiu 2,4% e Suntory Beverage & Food teve alta de 1,9%. Manchetes relacionadas ao coronavírus e à queda no petróleo estiveram em destaque também no Japão.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,20%, para 23.793,55 pontos, com a queda no mercado acionário em Nova York e no petróleo assustando investidores locais. Sino Biopharmaceutical, fabricante de medicamentos para o câncer na China, teve o pior desempenho, em baixa de 7,9%, após revelar um plano para vender ações com um desconto.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em baixa de 1,00%, em 1.879,38 pontos, puxada por quedas nas ações ligadas ao transporte marítimo e aos setores automotivo e de tecnologia. A Kiwoom Securities destacou o fato de que a forte baixa no petróleo deixou investidores na defensiva. Outro motivo foi uma queda forte nas exportações coreanas nas primeiras semanas de abril, com a pandemia da covid-19. Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering caiu 4,9%, Hyundai Mipo Dockyard cedeu 4,4% e Hyundai Motor, 4,2%.

Em Taiwan, o índice Taiex registrou queda de 2,82%, para 10.288,42 pontos.

Na Oceania, o índice ASX/S&P 200 teve baixa de 2,46%, a 5.221,30 pontos, na Bolsa de Sydney. Hoje, o presidente do Banco Central da Austrália, Philip Lowe, afirmou que o impacto da pandemia de coronavírus para a economia de seu país é o maior desde a Grande Depressão, mas disse também estar otimista quanto às chances de uma recuperação dentro de três ou quatro meses.