As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, influenciadas pelo rali visto ontem em Nova York na esteira das eleições legislativas de meio de mandato dos EUA, mas os mercados da China migraram para território negativo na segunda parte do pregão, embora a balança comercial da segunda maior economia do mundo tenha exibido desempenho bem mais forte do que o esperado em outubro.

Passada a incerteza gerada pelas eleições, as bolsas americanas saltaram mais de 2% ontem em Nova York, após comentários apaziguadores do presidente dos EUA, Donald Trump, e da líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi. Como indicavam as pesquisas de opinião, o Partido Republicano, de Trump, manteve o comando no Senado, mas os democratas reconquistaram o controle da Câmara.

No Japão, o índice Nikkei subiu 1,82% hoje, a 22.486,92 pontos, ajudado em boa parte pela fraqueza do iene frente ao dólar durante a madrugada. A Toshiba foi destaque no mercado japonês, com salto de 13% em suas ações, após divulgar balanço trimestral em que revelou planos de vender ativos problemáticos e cortar empregos.

O dia também foi de ganhos em Seul, onde o sul-coreano Kospi avançou 0,67%, a 2.092,53 pontos, e em Taiwan, com alta de 0,37% do Taiex, a 9.945,31 pontos. No começo da sessão, porém, Kospi e Taiex chegaram a exibir valorização mais robusta, de 2% e 1%, respectivamente. Em Hong Kong, o Hang Seng garantiu alta de 0,31% no fim dos negócios, encerrando em 26.227,72 pontos, após mostrar volatilidade.

Já na China, as bolsas apagaram valorização de mais cedo nos negócios da tarde, ignorando os fortes resultados da balança comercial do país no mês passado. O Xangai Composto encerrou a sessão em baixa de 0,22%, a 2.635,63 pontos, pressionado por ações de corretoras, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,48%, a 1.333,98 pontos.

Apesar da disputa comercial de Pequim com os EUA, os números da balança comercial chinesa foram surpreendentemente sólidos em outubro. As exportações da China subiram 15,6% na comparação anual, enquanto as importações saltaram 21,4%. Analistas previam ganhos anuais de 11% e 13% nas exportações e importações, respectivamente. Já o superávit comercial chinês aumentou de US$ 31,7 bilhões em setembro para US$ 34,01 bilhões em outubro.

Na Oceania, a bolsa australiana fechou no maior nível em três semanas, sustentada por ações de grandes bancos domésticos. O S&P/ASX 200 avançou 0,53% em Sydney, a 5.928,20 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.