As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, impulsionadas por sinais encorajadores das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Os mercados chineses, porém, recuaram na esteira de mais um indicador econômico fraco.

Confirmando indícios recentes, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse ontem que Washington e Pequim estão próximos de selar um acordo comercial preliminar. O comentário de Trump veio horas depois de autoridades de alto escalão de ambos os países terem uma nova conversa telefônica e concordarem em seguir discutindo questões pendentes para finalizar o acordo.

Trump, contudo, também expressou apoio aos protestos pró-democracia em Hong Kong, território semiautônomo sob controle chinês. Na semana passada, o Congresso americano aprovou projeto de lei com o objetivo de garantir os direitos humanos dos manifestantes em Hong Kong, num gesto que atraiu fortes críticas de autoridades chinesas.

Ajudados por ações do setor de eletrônicos, o índice acionário japonês Nikkei subiu 0,28% em Tóquio hoje, a 23.437,77 pontos, e o sul-coreano Kospi avançou 0,31% em Seul, a 2.127,85 pontos, enquanto o Hang Seng registrou modesta alta de 0,15% em Hong Kong, a 26.954,00 pontos, e o Taiex se valorizou 0,61% em Taiwan, a 11.647,46 pontos.

Na China continental, por outro lado, o dia foi de perdas após novos dados mostrarem o efeito negativo da prolongada disputa comercial sino-americana, iniciada há 16 meses. Em outubro, o lucro de grandes empresas industriais chinesas sofreu queda anual de 9,9%, bem maior do que a redução de 5,3% vista em setembro, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país. O Xangai Composto terminou o dia em baixa de 0,13%, a 2.903,19 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composite caiu 0,23%, a 1.602,00 pontos.

Já na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo quarto pregão seguido, com alta de 0,93% do S&P/ASX 200 – a maior desde meados de outubro -, a 6.850,60 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.