As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, após novos dados da balança comercial da China, que mostraram o primeiro déficit mensal desde 2014, e em meio à especulação sobre a perspectiva de juros dos EUA.

Em fevereiro, a China teve um inesperado déficit comercial de US$ 9,15 bilhões, contrariando a previsão de analistas de um superávit de US$ 26,55 bilhões.

O saldo negativo na balança comercial chinesa do mês passado veio após um salto anual de 38,1% nas importações e uma queda de 1,3% nas exportações.

O Xangai Composto, principal índice acionário da China, teve baixa marginal de 0,05% hoje, a 3.240,66 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,36%, a 2.024,28 pontos. Em Hong Kong, por outro lado, o Hang Seng subiu 0,43%, a 23.782,27 pontos.

Na noite de hoje, está prevista a divulgação dos números de inflação mais recentes da China.

Nos últimos dias, os negócios na Ásia também têm sido marcados por um clima de cautela antes de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) voltar a decidir sobre juros, no próximo dia 15. Comentários recentes de vários dirigentes do Fed alimentaram apostas de que o BC americano voltará a elevar juros neste mês.

Aumentos de juros nos EUA tendem a estimular saídas de capital da China e de outros países asiáticos.

Em outras partes da região, o índice japonês Nikkei caiu 0,47% em Tóquio, a 19.254,03 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi mostrou ligeiro ganho de 0,06% em Seul, a 2.095,41 pontos, o Taiex avançou 0,16% em Taiwan, a 9.753,45 pontos, e o filipino PSEi ficou estável em Manila, a 7.294,56 pontos.

Revisão divulgada ontem à noite mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu a um ritmo anualizado de 1,2% no trimestre até dezembro, taxa maior do que o cálculo original de 1%.

Na Oceania, a bolsa australiana fechou perto da estabilidade, com ligeira baixa de 0,03% no índice S&P/ASX 200, a 5.759,70 pontos, em meio ao fraco desempenho de ações de mineradoras. Com informações da Dow Jones Newswires.