As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, na esteira de uma série de notícias conflitantes que geraram dúvidas sobre a capacidade de Estados Unidos e China de fecharem um acordo comercial preliminar ainda este ano.

Nos negócios da China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,63% hoje, a 2.885,29 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 1,45%, a 1.607,51 pontos. Por outro lado, o japonês Nikkei subiu 0,32% em Tóquio, a 23.112,88 pontos, graças ao bom desempenho de ações do setor de eletrônicos.

O presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje a uma delegação empresarial americana que pretende trabalhar no sentido de resolver a disputa comercial com os EUA, mas ressaltou que Pequim não tem “medo” e irá “retaliar”, se necessário. Jinping acrescentou, no entanto, que a China tem uma “atitude positiva” em relação às negociações comerciais e vem se esforçando para “não ter uma guerra comercial” com Washington.

Ontem, o The Wall Street Journal noticiou, citando fontes, que o vice-primeiro-ministro chinês Liu He convidou o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, para uma nova rodada do diálogo bilateral em Pequim. Já o South China Morning Post publicou, mencionando fonte próxima ao governo americano, que os EUA devem adiar o aumento de tarifas sobre importações chinesas previsto para 15 de dezembro mesmo que não fechem um acordo com Pequim antes disso.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 0,48% em Hong Kong, a 26.595,08 pontos, o sul-coreano Kospi subiu 0,26% em Seul, a 2.101,06 pontos, interrompendo uma sequência de quatro pregões negativos, e o Taiex registrou alta marginal de 0,07% em Taiwan, a 11.556,80 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana se recuperou de perdas dos dois pregões anteriores e o índice S&P/ASX 200 avançou 0,55% em Sydney, a 6.709,80 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.