As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, pressionadas por renovadas tensões entre EUA e China.

Na China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,24%, a 3.325,11 pontos, pressionado por realização de lucros após se valorizar por quatro pregões consecutivos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto ficou praticamente estável, com perda marginal de 0,02%, a 2.250,92 pontos.

Bolsas de NY fecham em alta, com foco em vacina, estímulos e tensões EUA-China

China: ordem dos EUA de fechar consulado de Houston é escalada inédita

As rixas entre Washington e Pequim ganharam um novo capítulo ontem, quando os EUA abruptamente ordenaram o fechamento do consulado chinês em Houston (Texas), com o objetivo de proteger “propriedade intelectual americana”. A China condenou o gesto e prometeu retaliar se a decisão não for revertida.

Nos últimos meses, americanos e chineses se desentenderam também pela forma como a China lidou com a pandemia de coronavírus, pela imposição por Pequim de uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong e por supostas violações de direitos humanos na região chinesa de Xinjiang.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi caiu 0,56% em Seul hoje, a 2.216,19 pontos, e o Taiex registrou queda de 0,48% em Taiwan, a 12.413,04 pontos, mas o Hang Seng avançou 0,82% em Hong Kong, a 25.263,00 pontos, impulsionado por ações de fornecedores de componentes tecnológicos. No Japão, um feriado nacional manteve a Bolsa de Tóquio fechada.

A fraqueza do Kospi veio também na esteira do resultado pior do que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul, que encolheu 2,9% no segundo trimestre ante o mesmo intervalo do ano passado. Analistas previam retração de 2,1% no período.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, apesar de o governo do país prever um forte aumento no déficit orçamentário por causa da pandemia de coronavírus. O S&P/ASX subiu 0,32% em Sydney, a 6.094,50 pontos, graças ao bom desempenho de papéis de petrolíferas e ligados a consumo e ao setor imobiliário. Com informações da Dow Jones Newswires.