As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, recuperando-se à medida que investidores tentam superar a decepção com o recente fracasso do governo dos EUA em aprovar um projeto de saúde no Congresso.

Segundo analistas, os mercados tenderão a retomar um viés positivo quando voltarem a focar os futuros planos de estímulos do presidente dos EUA, Donald Trump, que incluem uma reforma tributária, ambiciosos investimentos em infraestrutura e a desregulamentação do sistema financeiro.

Além disso, a avaliação é de que o ambiente econômico global está melhorando, como sugerem indicadores dos EUA e da Europa, e de que a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) permanece acomodatícia, embora a tendência seja de alta dos juros básicos.

Em Tóquio, o índice japonês Nikkei subiu 1,14% hoje, a 19.202,87 pontos, favorecido por uma modesta recuperação do dólar ante o iene, que ajudou a impulsionar ações do setor de eletrônicos.

Já em Hong Kong, o Hang Seng teve valorização de 0,63%, a 24.345,87 pontos. O dia também foi de ganhos em Seul, onde o Kospi subiu 0,35%, a 2.163,31 pontos, após revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul referente ao quarto trimestre (de +0,4% para +0,5% ante o trimestre imediatamente anterior), e em Manila, onde o índice filipino PSEi avançou 1,18%, a 7.331,46 pontos. Em Taiwan, o Taiex ficou praticamente estável, a 9.876,47 pontos.

Na China continental, por outro lado, as bolsas foram pressionadas pela redução da liquidez financeira promovida pelo PBoC (o banco central chinês), que suspendeu operações no mercado aberto por três dias seguidos e resgatou 180 bilhões (US$ 26,15 bilhões) líquidos, reforçando expectativas de aperto da política monetária. O Xangai Composto recuou 0,43%, a 3.252,95 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto registrou queda de 0,25%, a 2.034,22 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana também se recuperou e o índice S&P/ASX 200 avançou 1,3% em Sydney, a 5.821,20 pontos, diante do bom desempenho de ações de petrolíferas e de mineradoras. Com informações da Dow Jones Newswires.