As bolsas asiáticas apagaram perdas de mais cedo e fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, impulsionadas por fortes ganhos na China, à medida que sinais de progresso nas discussões comerciais entre Pequim e Washington se sobrepuseram a preocupações com a deterioração da perspectiva econômica global.

Entre os mercados chineses, o Xangai Composto subiu 1,91%, a 2.804,23 pontos, enquanto o Shenzhen Composto teve valorização ainda mais expressiva, de 2,28%, a 1.477,25 pontos, após rali que veio na segunda metade do pregão. A semana foi a melhor para ambos os índices em três anos, com ganhos acumulados de 4,5% e 6,3%, respectivamente.

A semana de negociações comerciais entre EUA e China, em Washington, entra na reta final hoje, com o segundo dia de conversas envolvendo funcionários de alto escalão de ambos os lados.

Depois de se reunir com o Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e o Representante Comercial dos EUA, Robert Lighthizer, o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, também se encontrará mais tarde com o presidente Donald Trump.

Trump vem dando sinalizações desde a semana passada de que deseja fechar um acordo comercial com a China. Na terça-feira (19), ele voltou a sugerir que poderá adiar o prazo de 1º de março para que os dois lados cheguem a um entendimento.

Em outras partes da Ásia, a maioria das bolsas se recuperou no fim dos negócios, seguindo o tom positivo das chinesas. O Hang Seng avançou 0,65% em Hong Kong, a 28.816,30 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi teve alta marginal de 0,08% em Seul, a 2.230,50 pontos, e o Taiex mostrou ligeiro ganho de 0,03% em Taiwan, a 10.322,92 pontos. Ao longo da semana, Hang Seng, Kospi e Taiex subiram 3,3%, 1,6% e 2,6%, respectivamente.

A exceção foi o mercado japonês, que cedeu à pressão de ações ligadas ao consumo doméstico. O Nikkei caiu 0,18% em Tóquio, a 21.425,51 pontos, mas se valorizou 2,5% na semana.

O bom humor prevaleceu na região asiática apesar de novas preocupações com a tendência de desaceleração da economia global. Ontem, uma sequência de indicadores fracos dos EUA levou as bolsas de Nova York a fecharem com perdas.

Na Oceania, a Bolsa de Sydney ficou no azul pelo segundo pregão seguido, apesar de relatos de que o porto chinês de Dalian teria suspendido importações de carvão australiano, posteriormente negados pelo Ministério de Relações Exteriores da China. O índice australiano S&P/ASX 200 avançou 0,46%, a 6.167,30 pontos, assegurando ganho semanal de 1,7%. Com informações da Dow Jones Newswires.