As bolsas asiáticas fecharam em baixa acentuada nesta sexta-feira, à medida que temores sobre o impacto da disseminação do coronavírus na perspectiva econômica global levam investidores a evitar ativos considerados mais arriscados, como ações, e a buscar alternativas mais seguras, como Treasuries e ienes.

O índice acionário japonês Nikkei liderou as perdas na Ásia hoje, com queda de 2,72% em Tóquio, a 20.749,75 pontos, influenciado principalmente por ações de siderúrgicas, que sofreram tombos de 4,3% a 7,5%.

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Ontem, o Japão decidiu impor uma quarentena de duas semanas a turistas oriundos da China e da Coreia do Sul. O país tem mais de 1.000 casos confirmados da doença, incluindo 706 infecções de um navio de cruzeiro que recentemente ficou em quarentena na costa japonesa.

No mundo, o coronavírus já infectou cerca de 95 mil pessoas e causou mais de 3.200 mortes, com a maioria dos casos concentrada na China, onde a doença teve origem, segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em outras partes da região asiática, o Hang Seng caiu 2,32% em Hong Kong nesta sexta, a 26.146,67 pontos, o sul-coreano Kospi recuou 2,16% em Seul, a 2.040,22 pontos, e o Taiex cedeu 1,68% em Taiwan, a 11.321,81 pontos.

Em meio à demanda por ativos mais seguros, o juro da T-note de 10 anos renovou mínimas históricas durante a madrugada, chegando ao patamar inédito de 0,779%. Já a moeda japonesa – o iene – se fortaleceu significativamente em relação ao dólar.

Na China continental, as perdas dos mercados acionários foram relativamente mais contidas. O Xangai Composto teve baixa de 1,21%, a 3.034,51 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composite se desvalorizou 0,74%, a 1.915,17 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana terminou o pregão no menor nível em 11 meses. O S&P/ASX 200 caiu 2,81% em Sydney, a 6.216,20 pontos, acumulando perdas de 13% desde a máxima histórica que atingiu em 20 de fevereiro. Com informações da Dow Jones Newswires.