As bolsas asiáticas apagaram ganhos do começo do pregão e encerraram os negócios desta quinta-feira majoritariamente no vermelho, com os mercados chineses pressionados por riscos ligados às desavenças comerciais entre China e EUA e ignorando sinais de redução das tensões na América do Norte.

Principal índice acionário da China, o Xangai Composto recuou 1,14% hoje, a 2.737,74 pontos, em seu terceiro pregão negativo. Já o menos abrangente Shenzhen Composto, formado em boa parte por empresas chinesas menores, caiu 1,48%, a 1.467,18 pontos.

Ontem, líderes dos EUA e Canadá demonstraram otimismo de que conseguirão cumprir a meta de concluir negociações para reformular o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) até esta sexta-feira (31), dias depois de americanos e mexicanos anunciarem um acordo comercial bilateral.

Segundo analistas, porém, investidores continuam preocupados com o fato de que EUA e China parecem não ter avançado recentemente em discussões para superar suas disputas comerciais. No próximo mês, Washington poderá impor tarifas a mais US$ 200 bilhões em produtos chineses.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi caiu 0,07% em Seul, a 2.307,35 pontos, interrompendo uma sequência de nove sessões positivas, mas ações de siderúrgicas subiram com notícia de que os EUA vão aliviar alíquotas de importação de aço para a Coreia do Sul, enquanto o Hang Seng teve queda de 0,89% em Hong Kong, a 28.164,05 pontos, e o Taiex registrou perda marginal de 0,05% em Taiwan, a 11.093,75 pontos.

A exceção foi o japonês Nikkei, que apresentou ligeira alta de 0,09% em Tóquio, a 22.869,50 pontos, garantindo seu oitavo pregão de ganhos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou praticamente estável, com baixa de apenas 0,01% no S&P/ASX 200, a 6.351,80 pontos, depois de se valorizar por quatro sessões consecutivas. O setor de telecomunicações, no entanto, saltou 3,59% depois que TPG Telecom e Vodafone Hutchison Australia anunciaram uma fusão que criará uma nova empresa avaliada em cerca de US$ 11 bilhões. Com informações da Dow Jones Newswires.