As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira, enquanto investidores continuam atentos ao impacto de uma crescente disputa comercial entre EUA e China, as duas maiores economias do mundo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a usar o Twitter ontem para ameaçar com novas medidas retaliatórias países que não retirarem “barreiras artificiais” contra produtos americanos. Além disso, há relatos de que Trump se prepara para anunciar nesta semana a restrição de investimentos da China em empresas americanas.

Recentemente, Washington revelou planos de adotar tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em bens chineses, que devem entrar em vigor a partir de julho, e Trump solicitou um estudo sobre a possível tarifação em 10% de mais US$ 200 bilhões em produtos da China. Pequim promete retaliar as medidas dos EUA na mesma escala.

Entre os mercados chineses, o índice Xangai Composto caiu 1,05% hoje, a 2.859,34 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,63%, a 1.587,31 pontos.

Em meio às incertezas comerciais, o Banco do Povo da China (PBoC, pela sigla em inglês) anunciou ontem um corte de 0,5 ponto porcentual no compulsório bancário, válido a partir de 5 de julho e que irá liberar o equivalente a US$ 108 bilhões. Ações do setor financeiro chinês ficaram pressionadas nesta segunda, uma vez que a medida exige que dívidas inadimplentes sejam trocadas por ações, gerando preocupações sobre os futuros níveis de capital de bancos do país.

No Japão, o Nikkei teve queda de 0,79%, a 22.338,15 pontos, uma vez que o iene foi favorecido pelas tensões comerciais e se fortaleceu em relação ao dólar.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 1,29% em Hong Kong, a 28.961,39 pontos, e o Taiex perdeu 1,04% em Taiwan, a 10.786,46 pontos, mas o sul-coreano teve alta marginal de 0,03% em Seul, 2.357,88 pontos, apesar do fraco desempenho de papéis de tecnologia.

Na Oceania, a bolsa da Austrália caiu 0,24%, com o índice S&P/ASX 200 fechando a 6.210,40 pontos em Sydney. A pressão veio de ações de grandes bancos domésticos, que nas últimas semanas vinham ajudando a sustentar o mercado australiano. Com informações da Dow Jones Newswires.