As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira, impulsionadas por um rali na China, que ganhou força com sinais recentes de que a segunda maior economia do mundo está se recuperando do choque do coronavírus em ritmo mais rápido do que se previa.

Os últimos indicadores chineses, que mostraram retomada da atividade econômica e aumento dos lucros no setor industrial depois do violento impacto da covid-19, geram esperanças de que as bolsas do país tenham um “bull market”, ou seja, atravessem um período de tendência de alta. No fim de semana, a mídia estatal chinesa afirmou que um bull market “saudável” é agora mais importante para a economia doméstica do que nunca.

Bolsas europeias operam em alta, de olho em recuperação e após rali na China

O índice Xangai Composto saltou 5,71% hoje, a 3.332,88 pontos, assegurando seu maior ganho diário desde 2015 e atingindo o maior nível desde o começo de 2018, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 3,90%, a 2.121,59 pontos. Juntos, os dois mercados chineses movimentaram mais de 1,5 trilhão de yuans (cerca de US$ 212 bilhões) nesta segunda, o maior valor em cinco anos, segundo a provedora de dados Wind.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 3,81%, a 26.339,16 pontos, enquanto o japonês Nikkei se valorizou 1,83% em Tóquio, a 22.714,44 pontos, o sul-coreano Kospi avançou 1,65% em Seul, a 2.187,93 pontos, e o Taiex registrou ganho de 1,74% em Taiwan, a 12.116,70 pontos.

O bom humor prevaleceu apesar de o mundo ter registrado novo recorde de casos de coronavírus em 24 horas, de mais de 212 mil, e da força que a covid-19 ganhou nos EUA nas últimas semanas em meio ao processo de reabertura econômica.

Na Oceania, a bolsa australiana contrariou o tom positivo da Ásia e ficou no vermelho, com preocupações sobre o coronavírus se sobrepondo à perspectiva de recuperação econômica. O S&P/ASX 200 caiu 0,71% em Sydney hoje, a 6.014,60 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.