As bolsas asiáticas fecharam em alta quase generalizada nesta quinta-feira, enquanto investidores aguardam novidades das discussões comerciais entre EUA e China após os dois países imporem novas tarifas a importações um do outro.

Como estava previsto, os EUA puniram hoje mais US$ 16 bilhões em produtos chineses com tarifas de 25%. Em seguida, Pequim retaliou com tarifação idêntica sobre bens americanos do mesmo valor e afirmou que irá apelar à Organização Mundial do Comércio (OMC) para defender seus interesses.

As medidas tarifárias vêm num momento em que autoridades americanas e chinesas se reúnem em Washington para tentar desfazer o impasse que se arrasta há meses no comércio bilateral. O diálogo comercial entre as duas maiores economias do mundo teve início ontem e prossegue nesta quinta.

Apesar da confirmação das tarifas, os mercados chineses conseguiram reverter parte das perdas de ontem, numa recuperação que veio nos negócios da tarde, graças principalmente a ações de tecnologia e de seguradoras. O índice Xangai Composto subiu 0,37%, a 2.724,62 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto, avançou 0,63%, a 1.463,69 pontos.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei teve alta moderada de 0,22% em Tóquio, a 22.410,82 pontos, o sul-coreano Kospi subiu 0,41% em Seul, a 2.282,60 pontos, e o Taiex registrou valorização de 0,55%, a 10.863,13, atingindo o maior nível em duas semanas. Tanto o Kospi quanto o Taiex acumulam ganhos por cinco pregões consecutivos.

A exceção foi o Hang Seng, que recuou 0,49% em Hong Kong, a 27.790,46 pontos, interrompendo uma sequência de quatro sessões positivas.

Já na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo terceiro dia seguido, pressionada por ações do setor financeiro. O S&P/ASX 200 caiu 0,34% em Sydney, a 6.244,40 pontos.

A queda em Sydney veio também num momento de turbulência política, uma vez que o primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, tem sido pressionado a deixar o cargo. Turnbull disse que irá renunciar amanhã se integrantes de seu partido, o Liberal, não cessarem as tentativas de derrubá-lo. Com informações da Dow Jones Newswires.