As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira, com algumas delas se recuperando no fim do pregão, apesar da continuidade de tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Nos mercados chineses, o índice Xangai Composto avançou 0,91%, a 2.703,51 pontos, atingindo o maior nível em seis semanas e garantindo sua terceira sessão consecutiva de ganhos, graças principalmente ao bom desempenho de ações dos setores imobiliário e bancário, que foram favorecidas por rumores sobre um possível corte de juros. Já o Shenzhen Composto, que é formado por startups de menor valor de mercado, subiu 0,51%, a 1.417,43 pontos.

Na sexta-feira (16), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que poderá não impor mais tarifas a produtos chineses depois de Pequim enviar uma lista de medidas, numa indicação de que deseja superar as atuais divergências comerciais. O comentário gerou especulação sobre um possível acordo quando Trump se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, às margens de uma cúpula do G-20 a ser realizada na Argentina, no fim deste mês.

No entanto, as tensões sino-americanas continuaram em evidência durante reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês) em Papua Nova Guiné durante o fim de semana, na qual os líderes presentes pela primeira vez não conseguiram chegar a um acordo sobre o texto de um comunicado conjunto.

Em discurso na cúpula da Apec, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, afirmou que seu país não irá retirar as tarifas já impostas a produtos chineses enquanto Pequim não mudar sua política comercial.

Em outras partes da Ásia, o índice japonês Nikkei teve alta de 0,65% em Tóquio hoje, a 21.821,16 pontos, sustentado por papéis de tecnologia e de eletrônicos, enquanto o Hang Seng avançou 0,72% em Hong Kong, a 26.372,00 pontos, o sul-coreano Kospi subiu 0,39% em Seul, a 2.100,56 pontos, e o Taiex registrou valorização de 0,32% em Taiwan, a 9.828,69 pontos.

Investidores da região asiática também acompanham as incertezas em torno do Brexit, como é conhecido o processo para a retirada do Reino Unido da União Europeia. A primeira-ministra britânica, Theresa May, sofre pressão para deixar o cargo dentro de seu próprio Partido Conservador devido a discordâncias sobre a forma de levar a ruptura adiante.

Na Oceania, por outro lado, a bolsa australiana ficou no vermelho, influenciada principalmente por ações de petrolíferas. As cotações internacionais de petróleo vêm acumulando perdas há seis semanas consecutivas. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 caiu 0,64%, a 5.693,70 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.