As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, após dados fracos da balança comercial da China reforçarem expectativas de que Pequim terá de adotar ainda mais medidas de estímulos para impulsionar a segunda maior economia do mundo, que dá claros sinais de desaceleração em meio à guerra comercial com os Estados Unidos.

No fim de semana, foi divulgado que as exportações da China sofreram queda anual de 1% em agosto. O resultado frustrou analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 3% nas exportações. As importações chinesas, por sua vez, caíram 5,6% na comparação anual de agosto, o que marcou a quarta redução consecutiva.

O fraco desempenho comercial da China, que desde meados do ano passado está envolvida numa grave disputa comercial com os EUA, alimentam apostas de que Pequim será obrigada a ser ainda mais agressiva na sua política de estímulos.

A iniciativa mais recente dos chineses veio na sexta-feira (06), quando o PBoC – banco central local – anunciou cortes adicionais nos compulsórios bancários, que deverão liberar cerca de 900 bilhões de yuans (US$ 126 bilhões) para novos empréstimos.

Nos negócios da China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,84% hoje, a 3.024,74 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,91%, a 1.689,21 pontos.

Já em Hong Kong, o Hang Seng teve ligeira baixa de 0,04%, a 26.681,40 pontos, uma vez que os protestos dos últimos meses continuaram no fim de semana, apesar de o governo local ter retirado um polêmico projeto de lei que previa expatriações para a China e foi o estopim do descontentamento popular.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei teve alta de 0,56% em Tóquio, a 21.318,42 pontos, o sul-coreano Kospi subiu 0,52% em Seul, a 2.019,55 pontos, e o Taiex avançou 0,19% em Taiwan, a 10.801,14 pontos. A expansão anualizada do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão entre abril e junho foi revisada para baixo, de 1,8% para 1,3%, segundo dados oficiais publicados ontem à noite.

Investidores da região asiática também esperam que outros grandes bancos centrais – como o Banco Central Europeu (BCE) e o Federal Reserve (Fed, o BC americano) – relaxem ainda mais suas políticas monetárias, uma vez que indicadores da zona do euro e dos EUA também vêm decepcionando.

O BCE se reúne na quinta-feira (12) e o Fed, nos dias 17 e 18. Na última sexta, o relatório de emprego dos EUA (o chamado “payroll”) mostrou a criação de 130 mil postos de trabalho em agosto, número bem abaixo da projeção de economistas.

Na Oceania, a bolsa australiana fechou praticamente estável hoje. O S&P/ASX 200 teve alta marginal de 0,01% em Sydney, a 6.648,00 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.