Em um dia de alívio no mercado financeiro, a bolsa de valores reagiu e voltou a subir, depois de quatro sessões seguidas de queda. O dólar oscilou bastante, alternando altas e baixas, mas fechou com leve alta, próximo da estabilidade e no maior nível em cinco meses.

O Ibovespa, índice da B3, encerrou esta quinta-feira (29) aos 96.582 pontos, com alta de 1,27%. O indicador começou o dia em baixa, chegando a operar aos 93,3 mil pontos de manhã, mas reverteu o movimento acompanhando o avanço das bolsas norte-americanas e a divulgação de balanços de lucros de empresas brasileiras.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,765, com leve alta de R$ 0,002 (+0,03%). A divisa continua no maior valor desde 15 de maio, quando tinha fechado em R$ 5,84. A moeda norte-americana começou o dia em alta, chegando a se aproximar de R$ 5,79 na máxima do dia, por volta das 10h, mas perdeu força durante a sessão.

Nos últimos dias, o mercado financeiro internacional tem sido pressionado pelo ressurgimento de casos de covid-19 na Europa, com diversos países, como Alemanha, França e Espanha, anunciando medidas de confinamento. Isso afeta a perspectiva de recuperação para as economias mais avançadas.

Nos Estados Unidos, o mercado está atento às eleições norte-americanas, que ocorrerão daqui a cinco dias, e à explosão de casos de covid-19 em diversos estados, principalmente no meio-oeste do país. Após as eleições, as negociações em torno de um novo pacote de estímulos econômicos devem ser destravadas.

Dois fatores domésticos contribuíram para aliviar o clima no mercado brasileiro. O primeiro foi a divulgação de déficit primário de R$ 76,16 bilhões em setembro. Apesar de negativo, o resultado veio melhor que as previsões do mercado.

A geração recorde de empregos formais no mês passado também contribuiu para a melhoria das negociações. A abertura de vagas atingiu o melhor nível para meses de setembro desde o início da série histórica, em 2010.

*Com informações da Reuters