Apesar do resultado positivo do Ibovespa nesta quinta-feira (19), com leve recuperação de 0,45%, a bolsa brasileira acumula na semana perda de 3,32%. Ao contrário do que se pode imaginar, para especialistas este é o melhor momento para uma pessoa que deseja entrar na B3 começar a investir.

“Muitos investidores iniciantes acabam entrando no mercado de ações no momento de alta, devido à euforia. Com isso, quando a bolsa se ajusta ou começa a cair, esses investidores acabam ficando decepcionados. O melhor período para investir sempre é no momento de baixa, para que o investidor consiga se beneficiar dos momentos de alta”, explica a analista da Terra Investimentos Heloise Fernandes Sanchez.

O momento de queda do Ibovespa também é ótimo para expandir o portfólio de ações, uma vez que a maioria dos papéis fica com preço menor que seu valor habitual. “Além disso, há a diminuição do preço médio de compra, tendo mais rentabilidade quando o mercado voltar a subir”, completa.

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Para a especialista, entre os segmentos que podem ser beneficiados com essa movimentação estão as empresas pagadoras de dividendos. “Com a queda dos preços, o Dividend Yield da ação aumenta, podendo inclusive, em alguns casos, superar a taxa Selic ou a inflação”, explica Heloise.

No entanto, a analista alerta que o pequeno investidor até pode ganhar com essa variação diária, utilizando os minicontratos futuros, tanto do Ibovespa, como o do dólar, mas que este não é um mercado recomendado para o investidor iniciante, uma vez que os riscos são maiores.

De acordo com Heloise, para o investidor de curto e médio prazo, o melhor momento para vender suas ações está atrelado aos gráficos e se a ação atingiu o preço que foi estimado no passado. Para o investidor de longo prazo, a divulgação dos balanços e os fundamentos das ações são o maior referencial.

Cenário para agosto

Para agosto, Heloise acredita que o cenário deve continuar incerto. “Estamos com diversos pontos no radar para acompanhar, como Bolsa Família, Precatórios, Orçamento 2022, além do cenário político. Todas essas indefinições impactam nas bolsas, trazendo esse cenário de baixa que estamos observando. Além disso, também temos a influência do cenário externo”, concluiu.