O presidente da Bolívia, Luis Arce, sugeriu nesta quinta-feira (23) na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que a comunidade internacional busque acordos com as organizações financeiras para um alívio global da dívida externa, porque a pandemia de covid-19 expôs a vulnerabilidade das nações.

“A Bolívia propõe avançar em acordos com os organismos financeiros multilaterais para o refinanciamento e o alívio da dívida externa em nível global”, afirmou o governante do país sul-americano em seu discurso na sede da ONU em Nova York.

Arce ressaltou que “a pandemia de covid-19 mostrou a fragilidade de nossas sociedades e Estados, gerando impactos negativos sem precedentes na saúde, na economia e na educação”.

Nesse sentido, o líder boliviano considerou indispensável a reconstrução da economia das nações, porque a pandemia “expôs as vulnerabilidades e desigualdades do sistema financeiro e da economia mundial” e pediu que os mecanismos financeiros internacionais disponibilizassem “empréstimos concessionais”.

O líder boliviano também aproveitou o seu discurso na Assembleia Geral para manifestar sua condenação “ao bloqueio sobre Cuba”, que “põe em risco” a vida de seus habitantes, e destacou que considera essa política “um crime contra a humanidade”.

Durante a sua estadia em Nova York, Arce manteve reuniões com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, com o ganhador do Nobel de Economia Joseph Stiglitz, e com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Mauricio Claver-Carone.