Mesmo proibido de voar, a Boeing recebeu pedido no valor de US$ 24 bilhões para a compra de novos modelos do polêmico 737 Max. A solicitação veio da International Airlines Group (IAG), que controla as aéreas British Airways e Iberia, que insatisfeitos com os sucessivos atrasos da Airbus, resolveu mudar de lado.

O pivô da questão é o A320, que vem sofrendo problemas no design das turbinas e na fabricação de cabines sob medida. Segundo a Bloomberg, um porta-voz da empresa já está em contato com clientes para combinar revisões de datas. Segundo o presidente da IAG, Willie Walsh, os pedido foi protocolado em forma de carta de intenção, e não está oficialmente no cronograma da Boeing. Apesar das ameaças, o mandatário disse que não irá abandonar a Airbus, mas diz não querer depender unicamente de uma empresa para montar sua frota de aeronaves de fuselagem estreita.

O acerto preliminar é de 200 aeronaves do modelo 737, e foi revelado durante o Salão Aéreo de Paris. Para a Boeing, o acordo foi um sinal de confiança por parte de um grupo de companhias aéreas respeitado. O 737 Max está proibido de voar desde março, quando sofreu seu segundo acidente fatal em cinco meses. O pedido também pode salvar o ano da companhia americana, que está sofrendo com o cancelamento de pedidos e pode perder o postos de maior fabricante de aviões do planeta.