A Boeing pagará US$ 100 milhões para familiares e comunidades das 346 pessoas que morreram nos acidentes do 737 Max em outubro de 2018 e março deste ano. O valor não substitui possíveis pagamentos de indenizações no futuro e não impede que as pessoas entrem com processos judiciais contra a empresa. Segundo a fabricante, o pagamento será feito para entidades e grupos sem fins lucrativos, que ficarão responsáveis pela distribuição do dinheiro.

“Nós da Boeing estamos arrependidos pela trágica perda de vidas nesses dois acidentes e essas vidas perdidas continuarão a pesar em nossos corações e em nossas mentes nos próximos anos. As famílias e entes queridos daqueles a bordo têm nosso mais profundo sentimento, e esperamos que este valor inicial possa conforta-los”, disse o presidente da Boeing, Dennis Muilenburg.

O 737 Max é o principal modelo da fabricante norte-americana e está suspenso em todo o mundo desde a queda de um voo da Ethiopian Airlines, em março deste ano. Em outubro passado, o mesmo modelo caiu na Indonésia durante um voo da Lion Air. Desde o segundo acidente Boeing está em tratativas para liberar o modelo junto as autoridades internacionais, mas ainda não há previsão para retomada das operações.

A empresa anunciou a primeira encomenda do modelo desde o acidente durante a Paris Air Show, em junho, para a International Airlines Group (IAG), proprietária da Aer Lingus, da British Airways, da Iberia e de outras companhias europeias. Além de familiares das vítimas, dezenas de companhias aéreas já afirmaram que irão processar a empresa por prejuízos causados pela suspensão do modelo.