A suspensão forçada do Boeing 737 Max já custou milhões de dólares as companhias aéreas nos Estados Unidos e Europa, os principais mercados da fabricante de aeronaves, informou a CNN. Somente na última semana, a American Airlines, Southwest Airlines e a europeia Norwegian reportaram um prejuízo somado de US$ 600 milhões desde a crise que levou a parada do uso do modelo, no início de março, após a queda de dois 737 Max em menos de cinco meses.

A American Airlines, maior companhia aérea dos EUA, informou que medida custará US$ 350 milhões aos cofres até o fim do ano. A empresa suspendeu o uso das 24 unidades 737 Max da sua frota e cancelou 115 voos por dia até agosto.

A situação da Southwest pode ser ainda pior. A empresa é a que mais possui o modelo suspenso em sua frota em todos os EUA e vinha em crescimento constante até o primeiro trimestre deste ano, quando teve prejuízo de US$ 200 milhões. A companhia também precisou cancelar dezenas de voos.

Já a Norwegian estima um prejuízo de US$ 58 milhões até o fim deste ano. A companhia de lowcost da Europa possui 18 737 Max em sua frota e havia encomendado mais 100 unidades do Max 8.

A pausa forçada também atingiu em cheio os lucros da Boeing neste primeiro trimestre. A principal fabricante de aviões dos EUA divulgou queda de 21% nos lucros no período, mas não informou os resultados totais em valores. Para piorar, a situação não parece favorável em curto espaço de tempo. Apesar de afirmar que já corrigiu os erros no software que causaram as tragédias, o novo sistema deve ser aprovado por diversas entidades de segurança aérea em todo o mundo.