A crise do 737 Max está causando para a Boeing problemas mais duradouros do que o imaginado. Nesta semana, a empresa norte-americana confirmou que com as desconfianças do mercado a cerca do modelo, o número de entregas da companhia diminuiu em 37% no primeiro semestre. No total, a Boeing entregou 239 aeronaves nos primeiros seis meses de 2019 ante 389 aviões enviados pela Airbus no mesmo período.

O número e ritmo de entregas da Airbus coloca a companhia europeia em posição de pela primeira vez em oito anos ultrapassar a Boeing em número de aeronaves entregues. No último mês as revisões dos sistemas do 737 Max mostraram novos problemas, que suspenderam o retorno das atividades do modelo. Para lidar com a queda de pedidos, a Boeing diminuiu a produção de seus jatos Max de 52 para 42 por mês.

Os voos com o 737 Max estão paralisados desde março, quando um avião de Ethiopian Airlines caiu, matando todos os 157 passageiros, naquele momento o segundo acidente com o modelo em três meses. Mesmo com a desconfiança, a Boeing voltou a receber pedidos de novas aeronaves, o que não irá salvar a companhia de um ano abaixo das expectativas.