Após a queda do Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines, o segundo acidente em menos de um ano com o modelo, a China ordenou que todos os voos que usariam o avião ficassem em terra. Opera no país asiático o 96 737 MAX 8, o mais novo e mais vendido modelo da empresa norte-americana.

Após a decisão chinesa, a Indonésia seguiu a tendência e exigiu que os modelos que operam no país não façam nenhum voo. O ministro de transportes do país afirmou que será realizada uma inspeção em todos os aviões a partir de terça-feira (12), e que caso passem na análise, estarão livres para realizar os voos. Já a Coréia do Sul iniciou inspeções nos 737 MAX 8 que operam na região.

O mundo ainda espera pelas medidas que serão tomadas por União Européia e Estados Unidos, já que é onde se localizam as duas principais fabricantes de aeronaves do planeta, e controlam grande parte da frota mundial. A União Européia já disse em comunicado que seus reguladores estão em contato com seus parceiros nos Estados Unidos e com a Boeing para criar um plano de ação.

Com o acidente, a Boeing iniciou esta segunda-feira (11) com a pior queda desde o 11 de setembro, com baixa de 12% na abertura do mercado.

Outras companhias ainda operam o avião

A companhia de baixo custo Norwegian, que possui 18 aeronaves deste modelo, continua a operá-las, dizendo que segue as instruções e recomendações da fabricante e das autoridades da aviação civil.

A empresa italiana Air Italy (três aeronaves) garante estar em “total conformidade com as instruções dos reguladores dos procedimentos operacionais das fabricantes” e que “seguirá todas as diretrizes” que indicarem.

A companhia islandesa Icelandair continua a operar todas as três aeronaves. Seu diretor de operações, Jens Thordarson, diz que é “prematuro” vincular os acidentes da Ethiopian e da Lion Air.

“Até agora, não há razão para temer essas máquinas. Nada nos leva a tomar qualquer medida no momento, mas isso pode mudar dependendo dos resultados da investigação”, disse ele ao jornal Frettabladid.

A empresa russa S7 Airlines, que tem duas aeronaves, disse que “acompanha cuidadosamente a investigação atual, mantendo-se em constante contato com a fabricante.”

Nos Estados Unidos, a Southwest (31 aeronaves), a American Airlines (24), assim como no Canadá, a Air Canada (24 aeronaves) e a Westjet (13) continuam pilotando seus 737 Max 8. Aeromexico (6 aviões), Aerolineas Argentinas (5), a brasileira Gol Linhas Aéreas (7), Turkish Airlines (11), as indianas Spicejet (13) e Jet Airways (8), Flydubai (10), a polonesa LOT Airlines (6 aeronaves) ou a empresa de baixo custo TUIfly (13) também não anunciaram que estavam parando os voos dessas aeronaves.