O Banco da Inglaterra (BoE) elevou nesta quinta-feira as perspectiva de crescimento da economia do Reino Unido nos próximos anos, mas os dirigentes não se mostraram com pressa em elevar os juros no país em meio à definição do processo de separação com a União Europeia.

Em uma decisão unânime, o BoE manteve a taxa básica de juros em 0,25% e o volume de compra de ativos em 435 bilhões de libras. O programa de compra de bônus corporativos também se manteve em 10 bilhões de libras e irá continuar até o fim do ano.

A autoridade monetária divulgou suas novas projeções para a economia. A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) britânico em 2017 passou de 1,4% para 2,0%, ao passo que o gasto mais contido dos consumidores será compensado por maiores gastos fiscais do governo e por uma economia global mais pujante. Já a expectativa para 2018 passou de 1,5% para 1,6%, enquanto a de 2019 subiu de 1,6% para 1,7%.

A expectativa para inflação no primeiro trimestre de 2018 é de 2,7%, enquanto a do mesmo período de 2019 é de 2,6%. Nos primeiros três meses de 2020, ela deve tocar 2,4%. Já a previsão para a taxa de desemprego sustentável caiu de 5,0% para 4,5%.

As autoridades afirmaram que estão preparadas para tolerar um longo período de inflação acima da meta para manter a economia dinâmica no período em que o país deixa a UE. No entanto, eles também afirmaram que a tolerância por uma rápida aceleração da inflação tem limites, e que podem considerar um corte de juros caso a performance da economia supere as expectativas.

“Quanto mais tempo passar sem uma redução visível do crescimento econômico, mais difícil será para tolerar a inflação acima da meta”, afirmaram autoridades.

O comunicado também mostrou que, embora a decisão tenha sido tomada em consenso, alguns integrantes do painel de política monetária disseram que o argumento por uma elevação de juros estava se fortalecendo. Fonte: Dow Jones Newswires.