A Boa Vista, empresa de informações de crédito, definiu a faixa indicativa de preços na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) entre R$ 10,80 e R$ 13,60. Serão ofertadas 154.650.184 ações, o que pode gerar R$ 1,88 bilhão para a companhia, caso atinja o meio da faixa, que seria de R$ 12,20.

Se IPO der certo, um lote suplementar com 23.197.527 ações, o equivalente a 15% da companhia, poderá entrar na oferta e aumentá-la para R$ 2,17 bilhões.

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Serão 83.333.333 ações primárias que podem render R$ 1,01 bilhão caso sejam adquiridas no meio da faixa indicativa e outras 71.316.851 ações secundárias, que podem chegar a R$ 870 milhões no mesmo cenário.

Os players vendedores são a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que atualmente controla 51,96% da instituição e pode diminuir o controle para 30,02%; o fundo de private equity TMG Capital, controlador de 30,05%, e a Equifax, que detém outros 14,17% dos papéis da Boa Vista.

A empresa quer usar os recursos provenientes do IPO para frentes de atuação como a criação de uma fábrica de algoritmos e novas aquisições.

Os bancos coordenadores da oferta são o JPMorgan, Citi e Morgan Stanley e a precificação das ações deve ocorrer no dia 28. Após essa etapa, ela já poderá ser negociada na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.

A empresa teve um primeiro semestre complicado, com receita de R$ 302,9 milhões, queda anual de 4,1% e lucro líquido de R$ 23,540 milhões, representando recuo de 26,3%.