As empresas francesas BNP Paribas, Carrefour, Edenred e Ingenico inauguraram nesta sexta-feira o La Fabrique, hub de inovação e convivência com startups na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista. As empresas não revelaram o investimento no local.

O espaço fica no State, galpão industrial da década de 1940 reformado para receber as novas atividades. As equipes que trabalharão no local serão ligadas às áreas de tecnologia e inovação de cada companhia e a ideia é favorecer o contato entre as multinacionais e startups. O modelo é inspirado em exemplos como a Station F, em Paris, o New Lab em Nova York e o La Nave em Madri. De acordo com Jorge Pacheco, CEO do State, o espaço não se trata de um coworking. “Nós fazemos uma curadoria de quais empresas estarão aqui”, afirma.

Hélcio Beninatto, CEO da Ingenico, afirma que a empresa está aberta para as oportunidades que podem surgir e possíveis parcerias. “Não é investir em startups, mas trazer problemas reais e encontrar soluções para esses desafios”, afirma. Essa também é a visão de Stéphane Engelhard, vice presidente de Assuntos Institucionais do Grupo Carrefour. De acordo com ele, as startups podem atuar em áreas difíceis para grandes companhias. “Para uma empresa como a nossa, entregar um sistema de pedidos rápidos é quase impossível”, pontua.

As multinacionais francesas terão, cada uma, um escritório na área central do galpão. A estrutura do State também conta com salas de reunião de diversas configurações, um auditório para trezentas pessoas, refeitório coletivo e mesas de trabalho coletivas no mezanino.

O galpão tem uma parte aberta ao público, que possui uma arquibancada para palestras e uma área livre multifuncional, que pode abrigar desde encontros até exposições de arte. Atualmente, o State tem 7 mil metros quadrados. Com o término das obras de expansão, no segundo semestre deste ano, a área chegará a 13 mil metros.

O State faz parte do Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina-Villa Lobos, que busca a revitalização da área próxima à Marginal Pinheiros. O projeto é financiado pelo Banco Votorantim.