A carteira de participações societárias da BNDESPar, empresa de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), encerrou o segundo trimestre avaliada em R$ 75,628 bilhões, uma queda de 2,3% ante os R$ 77,414 bilhões do encerramento do primeiro trimestre, mostram as demonstrações financeiras, divulgadas junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo o Relatório de Administração da BNDESPar, a queda “foi influenciada principalmente pela carteira de participações em sociedades não coligadas, com destaque para a desvalorização das ações de Suzano, Petrobras, e Eletrobras”.

O relatório sinaliza ainda que há espaço para vender participações com ganhos, pois, no segundo trimestre, o valor contábil das participações societárias em não coligadas, representado pelo “valor justo”, superava o seu custo de aquisição em 77,6% (R$ 28,183 bilhões). No primeiro trimestre, essa diferença era maior – o valor justo era superior ao custo de aquisição em 82,1%, ou R$ 29,959 bilhões acima.

Com isso, o ativo total da BNDESPar atingiu R$ 111,765 bilhões no fechamento do segundo trimestre, uma queda de 6,6% em relação ao valor registrado no primeiro trimestre. Segundo o Relatório de Administração, a queda foi “decorrente principalmente da redução no valor de R$ 4,3 bilhões nas disponibilidades em virtude do pagamento de dividendos e vencimentos de debêntures emitidas”.

O ativo se reduziu também por causa “do ajuste a valor justo negativo de debêntures” e da “queda do valor das participações societárias a valor justo por redução do valor de mercado das ações”.

O ajuste negativo no valor justo sobre debêntures, ao lado do aumento da despesa com provisão para redução ao valor recuperável sobre outros créditos, foi o principal responsável pelo prejuízo líquido ajustado de R$ 647 milhões da BNDESPar no segundo trimestre.