A transição no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está indo “superbem”, disse nesta quinta-feira, 6, o presidente da instituição de fomento, Dyogo Oliveira. O executivo evitou detalhar o debate sobre ampliação do valor a ser devolvido pelo BNDES ao Tesouro em 2019, mas sinalizou que as estimativas do valor que o banco poderá desembolsar no próximo ano dependerá disso.

“O BNDES pode aumentar um pouco o desembolso, mas a nossa principal aposta é que haja um crescimento da participação do mercado privado no financiamento ao investimento”, afirmou Oliveira a jornalistas, após participar de um evento no Rio.

Questionado sobre de quanto poderia ser o aumento do desembolso, o executivo respondeu: “Depende um pouco dessa questão da devolução.”

Em momento anterior na entrevista, Oliveira evitou responder sobre as discussões em torno dos valores a serem devolvidos ao Tesouro em 2019. O executivo disse apenas que já se reuniu como futuro presidente do BNDES, o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, e que os dois “têm se falado”.

A ampliação nas devoluções do BNDES é uma das estratégias da equipe do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para reduzir a dívida pública bruta.

O diretor de Finanças do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas, estimou em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) no mês passado que seria possível ampliar a devolução em R$ 40 bilhões, além dos R$ 26,6 bilhões já acordados com o Tesouro, se os desembolsos do BNDES em 2019 ficarem entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões.

Nesta quinta-feira, Oliveira reafirmou a expectativa de desembolsos na casa de R$ 70 bilhões também em 2018.