O desenvolvimento do mercado de gás natural no País é economicamente viável, mas depende de evolução na agenda legislativa, afirmou nesta quinta-feira, 25, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano. Desde o ano passado, o banco tem trabalhado em estudos para apoiar o “novo mercado de gás”, como tem sido chamada a iniciativa do Ministério da Economia para desenvolver o setor e tem se colocado à disposição para financiar investimentos.

Segundo Montezano, o aprofundamento dos estudos – na última segunda-feira, 22, o BNDES lançou um segundo relatório sobre o tema, na esteira de uma primeira edição lançada em maio de 2020 – confirmam a viabilidade econômica desse mercado.

De um lado, a demanda por gás natural, para diversos usos, como na indústria e na geração de energia, “é palpável e concreta”, disse Montezano. Do outro lado, a oferta de gás é “farta” e, principalmente, “economicamente viável”, afirmou o executivo, em seminário online promovido pelo BNDES durante a “2ª Semana Gás para o Desenvolvimento”.

Só que, “para poder destravar esse mercado”, dar liquidez à oferta e à demanda, é “fundamental que a gente veja uma evolução da agenda legislativa”, ponderou Montezano.

Um projeto de lei que altera pontos da regulação do setor, chamada Lei do Gás, está em tramitação do Congresso Nacional. A proposta foi colocada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como prioridades para a atual legislatura, no contexto da escolha do deputado Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara dos Deputados.