A BMW anunciou nesta quinta-feira (11) a estratégia para controlar a produção de seus veículos na China a partir de 2022. A montadora alemã pagará US$ 4,2 bilhões (R$ 15 bilhões) para ter 75% da joint venture que mantém com a Brilliance Automotive e investirá mais US$ 3,4 bilhões (R$ 12 bilhões) para aumentar a capacidade produtiva no país.

Segundo a legislação chinesa, montadoras internacionais só podem produzir no país mediante a parceria com empresas locais. Além disso, ela limita aos estrangeiros o controle máximo de 50% dos negócios. A regra, vigente desde 1994, não valerá mais a partir de 2022.

O acordo ainda está sujeito a aprovação das agências reguladoras e dos acionistas. A previsão da BMW é expandir a produção para 650 mil unidades ao ano a partir da próxima década.

O governo chinês anunciou a projeção de que até 2025 ao menos 20% dos veículos vendidos no país sejam elétricos ou híbridos. A BMW constrói vários modelos do tipo na China e exportará o totalmente elétrico BMW iX3 a partir de 2020. Em fevereiro, a montadora anunciou a produção de um modelo Mini elétrico para abastecer o mercado local.

O interesse da BMW no mercado chinês contrasta com o momento de queda na venda de veículos no país. A Volkswagen anunciou na terça-feira (9) que as vendas chinesas caíram 11% no mês passado. A GM também divulgou um balanço afirmando a redução de 15% no último trimestre. A BMW vendeu 560 mil carros na China no ano passado – mais do que os Estados Unidos e a Alemanha juntos.