Papéis avulsos

Em balanço divulgado sobre o terceiro trimestre, o Banco BMG relatou que foram abertas mais de 1,4 lojas Help! por dia nos nove meses de 2019, encerrando o período com 732 unidades, em linha com o plano de expansão da instituição financeira. Entre os destaques do período, o lucro líquido recorrente foi de R$ 270 milhões no acumulado do ano até setembro, crescimento de 37,6% em comparação com igual intervalo do ano anterior, demonstrando forte evolução no desempenho financeiro. O retorno sobre o patrimônio líquido médio recorrente nos primeiros nove meses de 2019 foi de 14,6% ao ano, aumento de 3,4 pontos percentuais em comparação com 2018. Como reflexo do crescimento da carteira de varejo, a margem financeira líquida atingiu 22,2% ao ano nos primeiros nove meses de 2019. Já o patrimônio líquido encerrou com saldo de R$ 2,733 bilhões. Com a estratégia voltada para o financiamento ao consumo, a carteira de varejo atingiu R$ 9,03 bilhões, um crescimento de 19% em doze meses.

 

Bancos

Lucro do Mercantil salta 137%

O lucro líquido do Banco Mercantil do Brasil foi de R$ 28,1 milhões no terceiro trimestre de 2019, uma alta de 137% em relação ao mesmo período do ano passado. Já na visão anual, o lucro atingiu R$ 80,2 milhões, uma alta de 104% na comparação com o ano de 2018. No terceiro trimestre desse ano, os ativos totais cresceram 1,9% e alcançaram R$ 9,9 bilhões. As captações se mantiveram estáveis em R$ 7,9 bilhões, enquanto o patrimônio líquido cresceu 9,1% para R$ 878 milhões. O Índice de Basiléia aumentou 1,13 ponto percentual para 17,19% em setembro.

 

Touro x Urso

No exterior, tanto o BOJ (Banco Central Japonês) como o RBA (Austrália) se disseram prontos para juros ainda mais negativos (BOJ) e aumento da flexibilização monetária. Para Alvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais, no mercado internacional prevalece a preocupação com o acordo comercial entre os EUA e a China, barreiras na propriedade intelectual e compras de produtos agrícolas pelos chineses.

 

Fintechs

Neon recebe novos aportes

A fintech Neon Pagamentos anunciou ter recebido uma nova rodada de investimento no valor de R$ 400 milhões, liderada pelo Banco Votorantim e pelo fundo General Atlantic. Segundo a Suno Research, com os recursos a Neon pretende acelerar o seu crescimento por meio de contratações, produtos e aquisições. Em cerca de dois anos, a empresa passou de 40 mil para dois milhões de clientes ativos.

 

Destaque no pregão

Marfrig avança na National Beef

A Marfrig informou na segunda-feira 18 ter elevado de 51% para 81,73% sua participação no capital social da controlada National Beef Packing Company, dos Estados Unidos. A transação custará US$ 860 milhões, além do pagamento a Jefferies dos dividendos referentes ao ano de 2019 no valor aproximado de US$ 110 milhões. Para o pagamento, a Marfrig utilizará 50% de uma linha de crédito e 50% do próprio caixa até novembro. Com isso, a dívida líquida passará de 2,43 vezes o Ebitda no terceiro trimestre para 2,87 vezes.

Palavra do analista:
“Considerando o Ebitda da National Beef em 2018, o múltiplo implícito da operação seria de 3,8x EV/Ebitda, o que nos parece atrativo. Vemos o aumento da participação da empresa no mercado americano, que deve continuar gerando fortes resultados adiante, como positiva enquanto diminui a necessidade de pagamento de dividendos à National Beef”, informa a equipe de análise da XP.

 

Sistema financeiro

Banco Central libera XP para IPO

O Banco Central do Brasil autorizou a XP Investimentos a ter participação de 100% de capital estrangeiro. Na prática, a medida facilita a listagem da instituição financeira em Nova York, nos Estados Unidos. Segundo os rumores do mercado, os controladores não têm a intenção de vender toda a empresa para investidores estrangeiros, mas sim, de expandir o interesse pela companhia. Os bancos coordenadores globais da oferta inicial de ações (IPO) são J.P Morgan, Goldman Sachs, Morgan Stanley e Itaú BBA.

 

 

Mercado em números

MONGERAL AEGON
R$ 5,5 bilhões – É o patamar atingido pela Mongeral Aegon Investimentos em ativos sob gestão. Isso representa uma taxa média de crescimento de aproximadamente 50% ao ano, nos últimos cinco anos. “Atualmente R$ 4,3 bilhões do montante que gerimos são de clientes externos, o que representa 80% dos nossos ativos totais sob gestão”, diz Claudio Pires, diretor da Mongeral Aegon Investimentos.

BMP MONEY E GRAFENO
R$ 10 bilhões – É o quanto pretende movimentar, em 2020, a parceria entre as plataformas digitais BMP Money Plus e a Grafeno em fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs). O plano prevê atender duas mil empresas de médio porte no País no próximo ano.

JETRO
9% – É o percentual identificado de preferência por fintechs brasileiras, entre as 35 corporações do Japan External Trade Organization (JETRO) e o Grupo de Trabalho de Inovação da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa no Brasil. Os japoneses também procuram oportunidades para investimentos nas áreas de agritechs (22%), TI (13%) e logística (9%).

CRIATEC
R$ 2,5 milhões – É o valor que o fundo Criatec 3, gerido pela Inseed Investimentos e BNDES, aportou na startup NeuroUp, do Recife.

 

Número da semana

R$ 4,2055

Foi o valor recorde do dólar norte-americano à vista no fechamento do mercado na última segunda-feira 18. No dia seguinte, terça-feira, a máxima bateu em R$ 4,22 no balcão, para depois fechar em queda, a R$ 4,1988 com a influência do discurso do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O valor superou a marca histórica de R$ 4,196, em 13 de setembro de 2018, no auge das incertezas políticas das eleições presidenciais no País. Campos Neto explicou aos parlamentares que o dólar mais alto foi impactado pela frustração de investimentos estrangeiros no leilão da cessão onerosa no início do mês. Ele também esclareceu que as empresas locais estão trocando dívidas em dólar por compromissos em reais devido à baixa dos juros domésticos, e que os exportadores estão adiando a entrada de recursos no Brasil. O final de ano é o período que subsidiárias brasileiras de multinacionais enviam lucros e dividendos para suas matrizes no exterior.

 

Entenda o risco

Debêntures têm cobertura em caso de calote?

Default de título corporativo vai para os tribunais

Os títulos de dívida corporativa (debêntures e notas promissórias) não possuem nenhuma cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Em outras palavras, o investidor não está protegido até o limite de R$ 250 mil se uma empresa der o calote (default) no pagamento dos juros ou do principal da dívida emitida ao mercado.

Para Beatriz Aguiar, head da área de distribuição da RB Investimentos, o aplicador precisa estar ciente dos três principais riscos das debêntures: o de crédito (possibilidade de default), o de liquidez (dificuldade de vender os papéis) e o de marcação a mercado (da oscilação do valor do preço do título). “Antes de comprar uma debênture é preciso fazer uma análise desses riscos”, afirma. Ela observa que o investidor que prefere aplicar via fundos de crédito privado mitiga os riscos de crédito e de liquidez, ao mesmo tempo em que dilui o risco de marcação a mercado por causa da diversificação da carteira. “Mesmo assim, antes da compra é necessário ficar atento ao prazo de retirada, que pode ser maior ou menor e à escolha do gestor (responsável) e da gestora (instituição financeira)”.

Segundo Felipe Silveira, analista da Capital Research, o default da concessionária Rodovias do Tietê só será resolvida na Justiça. “Não houve acordo e a companhia entrou com pedido de recuperação judicial”, diz ele. Desde o anúncio, no último dia 13, esses papéis foram marcados com valor “zero” no mercado.