O pedido de BM&FBovespa e Cetip para prorrogar o prazo de análise do ato de concentração da fusão, por mais 60 dias, ocorreu para que as companhias possam entregar informações necessárias para que os reguladores deliberem sobre combinação das atividades “de forma mais confortável”. Entre os pontos estão, segundo o diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, mais detalhamentos sobre os remédios a serem adotados para o aval final, como abertura dos serviços da companhia.

“Queremos dar segurança ao regulador e trazer benchmarks internacionais de países em que a concorrência (entre bolsas de valores) existe há mais tempo e já é algo consolidado”, disse ele.

Edemir afirmou que o Cade já aceitou o pedido de prorrogação e que, neste momento, a companhia está trabalhando para a entrega de todas as informações necessárias. “Queremos dar informações necessárias e até mais”, afirmou. Com isso, o executivo disse que os reguladores não levarão necessariamente todo o prazo solicitado pelas companhias.

Um dos itens que a Bolsa quer atrelar junto à abertura de seus serviços a terceiros é o acesso à BSM, a BM&FBovespa Supervisão de Mercados. “A BSM já tem escopo de atuação e está alinhada às premissas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)”, frisou o executivo.

Complexo

A análise da fusão pelo Cade estava em vias de completar os 240 dias legais e havia uma expectativa de que a aprovação do regulador pudesse ocorrer já no próximo dia 22. O prazo de análise no Cade pode levar no máximo, considerando as extensões, até 330 dias. Com o pedido, a aprovação do regulador para a integração das companhias poderá ficar para o fim de abril, um ano depois do anúncio da fusão pelas empresas. O Cade já havia declarado, no ano passado, a operação complexa.