Muito conhecida devido ao Bitcoin, a tecnologia do blockchain começou a ser mais pautada nos últimos anos. Ela, entretanto, pode servir para diversos serviços além de transações de criptomoedas.

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A rede blockchain é descentralizada e consiste em uma tecnologia de registros distribuídos. Ela funciona, na prática, como um grande livro de registros digitais, separado por blocos que estão conectados entre si. Sua função é armazenar informações de transações em lotes. Para deixar mais fácil e conclusivo, o blockchain é um sistema onde informações enviadas e recebidas podem, facilmente, ser rastreadas, através de códigos online.

Satoshi Nakamoto, suposto criador do bitcoin, disse em um artigo, divulgado em 2008, que a rede blockchain era “uma rede que marca o tempo das transações, colocando-as em uma cadeia contínua no ‘hash’, formando um registro que não pode ser alterado sem refazer todo o trabalho”.

Veja, a seguir, três mitos sobre a tecnologia blockchain:

Blockchain não é confiável

O diferencial do blockchain está em sua descentralização. Não existe um dono da rede. Por isso, trata-se de uma tecnologia segura. A rede blockchain conta com uma série de camadas de segurança. Assim, a invasão do sistema é muito mais difícil.

Os roubos que costumamos ver relacionados a criptomoedas são ligados a corretora ou ao eletrônico do usuário (PC ou celular). O sistema blockchain trava em segundos, se perceber alguma tentativa de invasão.

Redes de blockchain destroem o meio-ambiente

O consumo de energia da Blockchain começou a entrar bastante em debates no ano passado. Entretanto, de acordo com Caroline Nunes, CEO e fundadora da InspireIP, plataforma de propriedade intelectual criada para facilitar o registro de marcas, direitos autorais e patentes no Brasil usando blockchain, dizer que as redes de blockchain estão destruindo o meio-ambiente é um dos mitos mais famosos sobre NFTs. A fala foi dita em entrevista a “Forbes Brasil”.

“Mesmo que a Ethereum, principal rede de blockchain para NFTs, tenha um alto consumo de energia, os tokens são apenas uma pequena parte da rede. Ainda que não existissem, a rede continuaria operando no mesmo ritmo. No mais, boa parte da energia consumida vem de fontes renováveis. O segundo ponto é que os marketplaces de NFT estão, cada vez mais, usando blockchains eco-friendly , desde a criação até a comercialização, redes como Polygon, Wax e Tezos são exemplo”, disse Nunes à Forbes.

Tokens não passam de imagens caras

Tokens são ativos digitais, se você compra um token, ele pode se valorizar com o tempo, ou não, depende do mercado, assim como acontece no mercado financeiro comum.

O mercado de tokens funciona dentro de uma rede blockchain. A rede é a grande intermediadora das transações, de forma segura. Segundo Nunes, “os tokens não são apenas imagens” e podem ser considerados uma “fórmula complexa para atribuir escassez a ativos digitais”.” O mercado está dando o preço dos NFTs colecionáveis, assim como funciona no universo físico de arte”, afirmou à Forbes.