“O mundo está nos observando de perto”, disse nesta quarta-feira (27) o novo chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, que prometeu tranquilizar a comunidade internacional abalada pela gestão de Donald Trump e comovida com a crise política que antecedeu a posse do democrata Joe Biden.

“É um novo dia para Estados Unidos, é um novo dia para o mundo”, destacou Blinken. “O mundo precisa da liderança americana e nós a garantimos, porque é muito mais provável que o mundo resolva seus problemas e enfrente seus desafios quando Estados Unidos responde”.

“O mundo quer saber se podemos curar nossas feridas como nação”, expressou ao chegar ao Departamento de Estado um dia após sua nomeação ser confirmada por uma ampla maioria do Congresso.

A comunidade internacional “quer ver se guiaremos o mundo com o poder de nosso exemplo”, afirmou Blinken, e “se privilegiaremos a diplomacia com nossos aliados e sócios para enfrentar os grandes desafios de nosso tempo, como a pandemia, a mudança climática, a crise econômica, ameaças às democracias, lutas pela justiça racial e os riscos representados por nossos rivais e adversários para nossa segurança e estabilidade global”, acrescentou durante uma breve cerimônia.

O diplomata, que fez parte de sua carreira no Departamento de Estado, onde foi número dois ao final da presidência de Barack Obama, disse que sentia que “voltava para casa”.

No entanto, reconheceu que o mundo mudou bastante desde sua partida há quatro anos, citando nesse sentido a pandemia de coronavírus, mas também as “barricadas” que surgiram em Washington após a invasão do Congresso americano por apoiadores de Donald Trump em 6 de janeiro.

Esses distúrbios deixaram cinco mortos e forçaram o cancelamento da sessão parlamentar de certificação da vitória de Joe Biden.

“Nunca passamos por um período como este. O presidente está decidido a sair dele o mais rápido possível”, insistiu o chefe diplomático.