WASHINGTON (Reuters) – O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, acusou nesta sexta-feira o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, de preparar uma eleição fraudulenta no mês que vem e tentar estabelecer uma “dinastia autoritária” em meio a uma onda de prisões antes do pleito de 7 de novembro.

Blinken, que visitou a América Latina nesta semana com paradas no Equador e na Colômbia, louvou uma votação de quarta-feira da Organização dos Estados Americanos (OEA) que expressou “alarme” com ações do governo nicaraguense que diz que sabotarão a eleição, na qual Ortega busca um quarto mandato consecutivo.

O governo liderado por Ortega, um ex-líder guerrilheiro marxista, está cada vez mais isolado e criticado internacionalmente por sua repressão aos oponentes do presidente e à mídia crítica na nação centro-americana que ele domina desde que voltou ao poder, 15 anos atrás.

Trabalhando com a esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, Ortega endurece o controle sobre o país.

Blinken ressaltou que a Nicarágua assumiu um compromisso com a democracia 20 anos atrás ao assinar a Carta Democrática Interamericana.

“O presidente Ortega e a vice-presidente Murillo deixam de honrar este compromisso ao prepararem uma eleição fraudulenta desprovida de credibilidade, ao silenciarem e prenderem oponentes e, por fim, ao tentarem estabelecer uma dinastia autoritária que não presta contas ao povo nicaraguense”, disse Blinken em um comunicado.

(Por Matt Spetalnick)

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