O ano eleitoral sempre traz um ingrediente a mais para o cenário já desafiador para a economia brasileira. Aliado a isso, as ações do governo Bolsonaro não contribuem para o desenvolvimento econômico do país.

Nesta segunda-feira (10), a coluna Radar Econômico da revista Veja afirmou que o BlackRock, um dos maiores fundos de investimento do mundo, apontou que não colocará mais recursos no Brasil durante o governo Bolsonaro.

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Segundo a revista Veja, o head da América Latina da BlackRock, Dominik Rohe, afirmou, em conversa com empresários brasileiros, que o fundo só voltará a investir no país com a mudança de governo.

O negacionismo do presidente Jair Bolsonaro, aliado à taxa de juros e inflação altas foram os motivos para essa decisão do fundo. Além disso, Rohe disse que houve um excesso de promessas, sem retorno, por parte do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O fundo teria capacidade de dobrar a sua presença no Brasil rapidamente. Citando o jornal The Wall Street Journal, a Veja comenta ainda que, em meados do ano passado, o BlackRock estaria se aproximando de US$ 10 trilhões sob sua gestão. O valor corresponde a cerca de seis vezes o PIB (Produto Interno Bruto) que era esperado para o Brasil em 2021.

Após a publicação, o BlackRock entrou em contato com a IstoÉ Dinheiro para comentar o assunto. Veja o posicionamento da BlackRock:

“A BlackRock continuará investindo no Brasil, onde tem escritório desde 2008 e começou a investir no país muito antes disso. Quem conhece nossa operação sabe que esse rumor não só está errado, como é impossível. Nenhum executivo, individualmente, pode ditar as decisões de investimentos da BlackRock. Administramos o maior fundo de ações do Brasil e também o maior fundo de ações que investe em empresas brasileiras, globalmente. Além dos investimentos de nossos clientes no país, somente no último ano aumentamos nossa equipe local em mais de 60% e disponibilizamos, através dos BDRs, 87 ETFs globais para os investidores brasileiros. Aproveitamos essa oportunidade para reiterar nosso compromisso de longo prazo com o Brasil, e oferecer oportunidades de investimentos no país aos nossos clientes no mundo todo.”