A pouco menos de quatro dias para o início oficial da Black Friday 2020, você precisa estar preparado para não virar alvo de criminosos que vendem ofertas falsas na internet. A projeção de vendas online, feita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), é de que o e-commerce deve ver um salto de 77% nas compras digitais este ano e bater a marca de R$ 6,9 bilhões. Por isso, é melhor ter cuidado ao comprar na rede.

Uma análise feita pela Konduto, empresa antifraude para pagamentos online, indicou que a taxa de tentativas de fraude sobre o total de pedidos da Black Friday do ano passado ficou em 1,14%. Apesar de parecer um número baixo, fala-se aqui de alguns milhões de reais que foram alvo de algum tipo de roubo nos pagamentos dos clientes que foram enganados durante suas compras.

+ Confira 10 dicas para preparar o seu negócio para vender mais na Black Friday
+ Esquenta: confira ofertas disponíveis na semana da Black Friday
+ Varejo deve faturar recorde de R$ 3,74 bi na Black Friday de 2020, diz CNC

Por isso, siga alguns passos indicados por especialistas no assunto e evite a perda de dinheiro com golpes digitais, principalmente com os boletos de pagamento.

1 – Cuidado com as páginas de e-commerce falsas

De acordo com Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil, fintech brasileira líder no processamento de pagamentos para e-commerce ao redor do mundo, um tipo de golpe muito comum na Black Friday são as páginas de e-commerce falsas. O fraudador cria uma página de produto idêntica ao de um grande varejista, porém em outro domínio. Sem perceber a diferença e acreditando estar realizando a compra em uma loja confiável, o usuário faz o pedido e, em seguida, recebe no seu e-mail um boleto fraudado.

“Para esse caso de fraude, um cuidado que o consumidor deve ter é sempre verificar o endereço do domínio e buscar o site no Google ao invés de clicar em um link recebido por e-mail, redes sociais ou mensagens. Assim, ele se certifica de que não se trata de um domínio falso. Além disso, é sempre importante que a compra seja efetuada dentro do ambiente da loja virtual e evitar ao máximo ‘varejistas’ que atraem o comprador para uma conversa no WhatsApp e tentam convencê-lo a fazer uma transferência bancária, com a promessa de um desconto imperdível”, disse ele por nota.

2 – Prefira pagar as compras pelo cartão de crédito

Nessa época do ano, é melhor que o consumidor utilize o cartão de crédito para comprar online. Isso porque, ele garante o estorno no caso de golpe ou mesmo de não entrega do produto, diferentemente de outros métodos de pagamento como boleto e transferência.

“Além disso, para receber esse tipo de pagamento, é necessário que a loja apresente uma extensa documentação – e isso, por si só, já cria uma grande barreira para um fraudador. O cliente não precisa necessariamente escolher pagar no cartão, mas só de oferecer essa possibilidade, já significa muita coisa”, ressalta Tom Canabarro, co-fundador da Konduto, também por nota.

3 – Saiba identificar um boleto falso

Todo boleto emitido é registrado pelo banco emissor na Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). Por isso, é necessário se certificar que o nome do beneficiário e o CNPJ da empresa estão no nome da loja ou da processadora de pagamentos utilizada pelo e-commerce.

Você também precisa ficar de olho no valor do boleto e aqui é bem simples. Em todos os boletos, os últimos números do código de barras se referem ao valor do documento. Portanto, se os números finais daquele boleto estiverem diferentes do valor que você deve pagar pela compra, é bem provável que ele esteja fraudado.

Outro ponto importante é observar se os dados bancários, como agência e conta, estão escritos de forma correta, se não estão apagados ou substituídos por símbolos.

Lembre-se: sempre que algum dado ou informação estiver suspeito, entre em contato com a loja que você realizou a compra e tire suas dúvidas, confirme se aquela compra de fato foi feita e está registrada no sistema e se os valores batem.