O bitcoin voltou a dar mostras da sua histórica instabilidade nessas últimas semanas. Depois de quase superar os US$ 14 mil no dia 26 de junho, a criptomoeda despencou para a casa dos US$ 9,6 mil no início da semana passada, e agora voltou em alta, com cotação de US$ 13.013,69 às 9h30min desta quarta-feira (10) e valorização de 5,62%, segundo o CoinDesk.

A criptomoeda é famosa pela sua constante oscilação, sempre justificada por uma série de fatores e consequências. Em entrevista à CNN, Naeem Aslam, analista-chefe de mercado do ThinkMarkets FX, disse que o pico acima dos US$ 10 mil atingidos a partir de 21 de junho é um sinal de que a moeda voltou a chamar a atenção dos investidores.

Já Lennon Sweeting, diretor de negociação institucional da Coinsquare Capital Markets, afirmou que a alta foi apenas uma manobra de mercado para que um seleto grupo faturasse com a valorização momentânea.

“Existem alguns investidores importantes que detêm muito bitcoin e podem sacudir o mercado”, disse.

A entrada do Facebook no ramos de criptomoedas com a Libra também teve forte influência nas últimas semanas. O projeto capitaneado pela rede social e com o apoio de quase 30 companhias da área de tecnologia e finanças foi apresentado há quase um mês e gerou forte repercussão no mercado financeiro. Enquanto alguns investidores ficaram animados com a popularização das criptomoedas, bancos e políticos em todo o mundo assumiram uma postura de desconfiança e pedem maiores explicações sobre a nova moeda digital.

Para Aslam, o Facebook pode ser apenas a primeira grande corporação do fora do mercado financeiro a se expandir para o ramo das criptomoedas. Ele disse que não ficaria surpreso se outras empresas, como Amazon, anunciassem projetos semelhantes no desenvolvimento de moedas virtuais.