O Bitcoin caiu a seu nível mais baixo neste ano, menos da metade do que valia há seis meses. O criptoativo chegou a ser negociado abaixo de US$ 33 mil nesta segunda-feira (9), após sofrer uma queda de 4,85% no final de semana, segundo o Coin Market Cap.

A desvalorização ocorre em um cenário em que o mercado de criptomoedas perdeu quase US$ 300 bilhões nos últimos dias, segundo o jornal inglês The Independent. O Ethereum (ETH), segunda criptomoeda mais popular, caiu 13% desde a última semana.

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O Solana caiu mais de 16%, e o Terra mais de 25% em relação ao início da semana passada. O Waves caiu 83,55% devido a suspeita de fraudes em seu protocolo.

De acordo com a QR Asset Management, apenas a Apecoin, ativo à coleção de NFTs Bored Apes Yacht Club, que subiu 63,37%, foi valorizada em abril, ao lado da Monero, que teve alta de 4,19%.

O motivo da queda generalizada das criptomoedas está ligado ao temor de inflação nos Estados Unidos, cujo banco central (Fed) elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual na última semana. É a maior taxa de juros (1% ao ano) em 22 anos.

O receio de estagflação, cenário de estagnação econômica junto à inflação, tem feito investimentos mais arriscados perderem valor. Somado a isso, o aumento dos juros torna investimentos ligados ao tesouro dos EUA (treasuries) mais atrativos. Investimentos no próprio dólar também ganham força.