A empresa de biotecnologia alemã BioNTech começou a testar uma vacina experimental, a BNT111, contra um tipo de câncer de pele, o melanoma, em estudos clínicos de Fase 2. O primeiro paciente a receber a vacina vive na União Europeia.

Dados pré-clínicos e clínicos mostraram que a vacina da BioNTech é segura o suficiente para que a pesquisa avance, conferiu o portal Canaltech. Agora, a empresa vai avaliar o quão bem a fórmula funciona contra o câncer, aliado a um medicamento, o Libtayo (cemiplimabe), da Regeneron e da Sanofi. A ideia é que a terapia possa tratar pacientes que seriam, até então, considerados terminais.

O ensaio da vacina BNT111 já foi revisado e aprovado pelas autoridades regulatórias dos países da União Europeia (UE), como Espanha, Alemanha, Itália e Polônia. O Reino Unido, Estados Unidos e Austrália também autorizaram os testes.

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Da mesma forma que na vacina COVID-19 que a BioNTech desenvolveu em colaboração com a farmacêutica Pfizer, a vacina experimental contra o câncer adota a tecnologia de mRNA (RNA mensageiro) para ensinar o sistema imunológico do paciente a combater o câncer. No entanto, existem diferenças significativas entre testar uma vacina contra o câncer e contra um vírus, como o coronavírus SARS-CoV-2.

Os pesquisadores não podem testar a vacina em pacientes saudáveis ​​e depois esperar até que alguns deles desenvolvam câncer. Dessa forma, a vacina contra o câncer não age de forma preventiva, mas deve demonstrar benefícios do uso em pacientes com a doença já existente.

Na pesquisa, podem ser voluntários pessoas com melanoma em estágio III ou IV. Após aplicação, a evolução do quadro do paciente deve ser acompanhada.