Por Lisa Richwine

SANTA MONICA, Califórnia (Reuters) – Um júri da Califórnia declarou nesta terça-feira que o comediante Bill Cosby foi responsável de assédio sexual contra uma mulher na Mansão da Playboy em 1975 quando ela era adolescente.

O júri determinou uma indenização de 500 mil dólares a Judy Huth pelo sofrimento emocional que ela afirma ter sofrido anos depois quando múltiplas acusações contra Cosby de outras mulheres contribuíram para despertar as memórias da sua interação com o comediante.

+ Juíza de SC nega aborto a menina de 11 anos vítima de estupro; TJ apura caso

Huth disse em depoimento que o comediante convidou-a e uma amiga à Mansão da Playboy quando ela tinha 16 anos, e ele, então com 37, e a forçou a praticar um ato sexual. Ela afirmou aos jurados que Cosby pegou sua mão e a usou para masturbar o seu pênis.

Cosby, que não compareceu ao julgamento, negou a acusação. No vídeo de um depoimento mostrado aos jurados, Cosby afirmou que não se lembrava de Huth. Mas ele disse que o incidente não poderia ter ocorrido porque ele não teria procurado contato sexual naquela época com alguém que tinha menos de 18 anos.

A advogada de Cosby, Jennifer Bonjean, questionou o relato de Huth ao longo do julgamento, incluindo a sua linha do tempo.

Quando o processo começou em dezembro de 2014, Huth disse que o incidente havia acontecido em 1974, quando ela tinha 15 anos. Ela afirmou aos jurados que recentemente concluiu que estava errada sobre o ano e agora credita que aconteceu em 1975. Huth agora tem 64 anos.

O julgamento civil na Califórnia foi realizado 11 meses depois de Cosby sair da prisão, quando uma alta corte da Pensilvânia descartou sua condenação por assédio sexual em um diferente caso criminal.

(Reportagem de Lisa Richwine)

tagreuters.com2022binary_LYNXMPEI5K129-BASEIMAGE