O presidente americano, Joe Biden, parte de sua equipe e executivos de várias empresas reuniram-se nesta quarta-feira para discutir a cigurança cibernética, após uma onda de ataques que expôs a vulnerabilidade dos sistemas.

A Casa Branca recebeu executivos da Google, Apple, Amazon e Microsoft, além de presidentes de grupos empresariais, bancos, seguradoras e prestadores de serviços essenciais, como água e energia elétrica.

Nos últimos meses, companhias e organizações – entre elas, a operadora americana de oleodutos Colonial Pipeline, a gigante brasileira de proteína animal e de alimentos JBS, o sistema informático do serviço público de saúde da Irlanda e a companhia aérea Air India – sofreram com o roubo de dados e ciberextorsão. Estes ataques vêm-se tornando cada vez mais comuns.

“A realidade é que a maior parte da nossa infraestrutura crítica pertence e é operada pelo setor privado, e o governo federal não pode enfrentar esse desafio sozinho”, disse Biden no começo da reunião. “Convidei todos vocês aqui hoje porque vocês têm o poder, a capacidade e a responsabilidade, acredito, de elevar o padrão da segurança cibernética. Por isso, em última instância, temos muito trabalho a fazer.”

No fim de 2020, os Estados Unidos sofreram um grande ataque, que afetou os servidores de correio eletrônico da Microsoft e o programa Orion, da empresa SolarWinds. Este último é usado para administrar e monitorar as redes de computadores de grandes empresas e do governo.

Para o governo, este ataque expôs a relevância da segurança de 16 “infraestruturas-chave” de setores como energia, defesa, produção industrial e alimentação.

Alguns analistas pediram sanções firmes contra a Rússia e outros países, de onde estes hackers estariam operando. Outros especialistas defendem uma melhor regulação das criptomoedas, exigidas pelos hackers como resgate para restabelecer os serviços atacados.

Um representante do governo americano indicou ontem a jornalistas que “medidas concretas” seriam discutidas na reunião. Os ataques recentes “criaram um senso de urgência” e a necessidade de que, tanto o governo quanto empresas privadas, discutam o problema, ressaltou.

A reunião incluiu líderes como Sundar Pichai (Google), Andy Jassy (Amazon), Tim Cook (Apple) e Satya Nadella (Microsoft). Também participaram executivos do JPMorgan Chase, Bank of America e outras sociedades financeiras, além de seguradoras, fornecedoras de água, gás e eletricidade e organizações dedicadas à educação.