O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reuniu nesta quarta-feira (26) as grandes empresas do país que apoiam algumas medidas contidas em seu grande plano de reformas sociais, que não seria aprovado em sua totalidade pelo Congresso.

“Vocês querem relançar a indústria americana e nós vamos ajudá-los”, prometeu Biden da Casa Branca, numa cerimônia em que esteve ao lado do presidente da Microsoft, Brad Smith, e de diretores das montadoras General Motors e Ford.

“Muito gente vê esse plano somente como gastos sociais. Mas eu o vejo principalmente assim: este projeto diminui os custos para as famílias e coloca o povo para trabalhar. Cria a mão de obra mais qualificada do mundo e garante que permanecemos como a economia mais produtiva e mais dinâmica do mundo”, defendeu Biden.

O presidente americano tentou por vários meses reunir os votos necessários no Congresso para aprovar um programa de gasto social de 1,85 trilhão de dólares, mas teve que desistir por não alcançar uma maioria no Senado.

Contudo, Biden prometeu tentar salvar parte do plano.

Com esse objetivo em mente, o presidente parece ter mudado de estratégia: ao invés de insistir nos benefícios para as famílias, ele exaltou as vantagens econômicas das reformas, uma maneira de convencer os democratas centristas que o criticam por gastar demais.

Joe Biden não revelou os valores dos projetos que considera prioritários.

Durante o encontro com as grandes empresas americanas, Biden citou em particular as ajudas para o cuidado de crianças e investimentos na transição energética, mas não falou sobre um dos pilares do plano original de reforma: um generoso crédito fiscal para as famílias.

“Temos que fazer mais para ajudar os americanos a voltar a trabalhar” e “as pessoas não poderão voltar a trabalhar se não contam com os meios para tomar conta dos filhos”, afirmou por sua vez o presidente da Microsoft, Brad Smith, que também garantiu a Biden seu “pleno e total apoio” às medidas ambientais contidas no plano.

Durante a parte da reunião à qual a imprensa teve acesso, o embargo ao financiamento para este projeto não foi mencionado, um tema muito mais delicado.

Joe Biden promete não aumentar as impostos da classe média, mas tem mirado regularmente nas grandes fortunas ou multinacionais bilionárias, afirmando que estas não pagam sua “parte justa” a nível fiscal.