O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou nesta quinta-feira (6) que o Congresso deve adotar seu plano de gastos trilionários para renovar a economia nacional, já que a China “está comendo o almoço” da potência norte-americana.

Em um discurso proferido na Louisiana (sul) profundamente republicana, o democrata Biden defendeu seu plano de infraestrutura de 2,3 trilhões de dólares como forma de garantir a supremacia americana no cenário mundial, além de consertar pontes e rodovias perigosas.

Esse plano é popular entre os democratas, mas os republicanos no Congresso se opõem ao que consideram um gasto descontrolado e propõem algo muito mais modesto.

Biden argumentou que este pacote, que financiaria a infraestrutura tradicional como o transporte rodoviário, mas também investiria em internet banda larga, pesquisa e desenvolvimento de carros elétricos, será lucrativo.

É “um projeto de colarinho azul para reconstruir a América, impulsionar nossa economia para que possamos transportar mercadorias, criar empregos e ser mais competitivos em todo o mundo”, disse ele, em um pódio ao ar livre em Lake Charles.

É necessária uma nova estratégia, focada em pesquisa e desenvolvimento, porque “os chineses estão comendo nosso almoço. Eles estão comendo nosso almoço economicamente. Estão investindo centenas de bilhões de dólares em pesquisa”, disse o presidente.

“Se isso continuar, eles serão os donos do mercado de carros elétricos no mundo”, afirmou. “Temos que competir.”

No fundo de seu discurso estava a ponte sobre o rio Calcasieu, de 70 anos, que Biden chamou de um exemplo das grandes pontes americanas que foram muito usadas e precisam não apenas ser consertadas, mas também substituídas.

Os republicanos se opõem a que Biden financie seu plano de infraestrutura aumentando o imposto empresarial de 21% para 28%.

Biden também elogiou seu Plano das Famílias Americanas de 1,8 trilhão de dólares, que propõe expandir a educação e as proteções sociais e seria pago com aumento de impostos para os mais ricos.

Na próxima semana, Biden deve negociar na Casa Branca com altos funcionários republicanos.