O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou na última quinta-feira (17) o decreto de uma conquista histórica. Após 156 anos, foi instaurado feriado nacional no dia 19 de junho, data que marcou a abolição da escravatura no país em 1865. Após sofrer boicote por parte de alguns republicanos, o projeto foi votado na última quarta-feira (16) e aprovado pelo Senado por 415 a 14 antes da sanção presidencial.

“Esta data foi conhecida pela história por muitos nomes: Dia do Júbilo, Dia da Liberdade, Dia da Emancipação e, hoje, torna-se feriado nacional. É um dia em que a nação decidiu parar e olhar para nosso conhecimento e história”, afirmou a senadora e vice-presidente Kamala Harris em cerimônia na Casa Branca.

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Como a data cai em um sábado neste ano, o feriado foi antecipado para ser comemorado já nesta sexta-feira, segundo o New York Times. Diversas empresas já concendiam folgas remuneradas aos funcionários no 19 de junho em decorrência do movimento Vidas Negras Importam, que completou um ano com o assassinato de George Floyd pela polícia. Em seus últimos dias de mandato, Donald Trump já havia prometido transformar o “Juneteenth” em feriado se fosse reeleito.

O caminho à equidade racial, contudo, ainda é longo se se considerar que apenas 1% das 500 maiores empresas do mundo são lideradas por executivos negros. No Brasil, profissionais negros ocupam apenas 6,3% dos cargos de gerência em 23 grandes empresas multinacionais – os executivos no País correspondem apenas a 4,7%, segundo estudo da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial.