O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira (2) que está “analisando” uma possível retaliação depois que a Casa Branca conectou a Rússia a um ataque cibernético contra a subsidiária americana da JBS, gigante brasileira do processamento de carne.

Quando questionado por um jornalista se medidas seriam tomadas contra funcionários do governo do presidente Vladimir Putin, com quem se reunirá em uma cúpula em Genebra, na Suíça, no final deste mês, Biden respondeu: “Estamos examinando essa questão com atenção”.

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“Esperamos que este seja um tópico de discussão durante a viagem do presidente”, garantiu a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

ataque de ransomware a uma subsidiária americana da brasileira JBS gerou novamente acusações de que a Rússia abriga cibercriminosos.

Suspeitas semelhantes surgiram depois que hackers de ransomware forçaram recentemente o fechamento temporário do enorme gasoduto Colonial Pipeline no leste dos Estados Unidos no mês passado, que fornece 45% do combustível consumido naquela região do país.

“Não é aceitável abrigar entidades criminosas que têm como intuito causar danos, que estão danificando a infraestrutura crítica na América”, afirmou Psaki.

Quando um repórter perguntou a Biden se ele achava que Putin o estava testando antes da cúpula, o presidente respondeu que “Não”.

No entanto, a Casa Branca garantiu que Biden vai expor as preocupações dos Estados Unidos durante a cúpula de 16 de junho, como fez em encontros anteriores com aliados do G7, União Europeia e Otan.

“Não vamos permitir isso. Vamos falar sobre isso e não vamos tirar opções da mesa”, disse Psaki.

“O presidente Biden certamente pensa que o presidente Putin e o governo russo têm um papel a desempenhar para deter e prevenir esses ataques. Portanto, será um tópico de discussão quando eles se reunirem”, observou.

A JBS é uma gigante do processamento de carne em expansão, com subsidiárias e operações nos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Europa, México, Nova Zelândia e Reino Unido.