O presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden apresentou neste sábado membros-chave de sua equipe ambiental e disse que seu governo fará da luta contra as mudanças climáticas um pilar na reconstrução da economia do país, duramente atingido pela pandemia de coronavírus.

Os indivíduos selecionados “conduzirão o ambicioso plano de meu governo para lidar com uma ameaça existencial de nossos tempos, a mudança climática”, declarou Biden.

“Estamos em uma crise”, disse em um evento em Wilmington, Delaware. “E assim como temos que ser uma nação unida para responder à covid-19, temos que ter uma resposta nacional unificada para responder às mudanças climáticas”, acrescentou.

Entre os nomeados neste sábado estão a representante do Novo México Deb Haaland para o cargo de Secretária do Interior.

Se confirmada pelo Senado neste cargo – que zela pelos recursos naturais americanos – Haaland será a primeira indígena americana a ocupar um cargo de gabinete.

Biden disse que seu governo trabalhará para modernizar as infraestruturas de água, transporte e energia para que estejam mais bem preparadas para condições ambientais extremas, criando muitos empregos no processo.

Também quer instalar meio milhão de estações de recarga de veículos elétricos e fazer 1,5 milhão de construções energeticamente eficientes.

Ele reiterou que vai voltar ao Acordo de Paris sobre o clima, que o presidente Donald Trump abandonou, entre outras medidas.

Biden também escolheu Gina McCarthy, que trabalhou no governo Barack Obama, para liderar um novo escritório de política climática na Casa Branca.

Por sua vez, Michael Regan, regulador ambiental da Carolina do Norte, foi indicado para chefiar a Agência de Proteção Ambiental e Brenda Mallory, uma advogada ambiental, foi nomeada para chefiar o Conselho de Qualidade Ambiental.

Regan e Mallory são negros, e Biden disse que, com esses anúncios, seis afro-americanos formariam seu gabinete.