A capital alemã se preparava neste domingo (27), com um grande dispositivo policial, para um cara a cara entre manifestações rivais da extrema direita e da militância antifascista.

Ao todo, serão mobilizados cerca de 2.000 agentes, incluindo reforços de outras regiões, por temor de confrontos.

O partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) anunciou mobilizações nas ruas contra Angela Merkel. A sigla acusa a chanceler de pôr o país em perigo, acolhendo centenas de milhares de demandantes de asilo.

O AfD entrou na Câmara dos Deputados nas eleições legislativas de 24 de setembro com quase 13% dos votos.

“Queremos mostrar a todos que, como milhões de alemães no país, estamos preocupados com o futuro da Alemanha”, explicou esta semana o líder em Berlim do AfD, Georg Pazderski, referindo-se ao lema da manifestação.

A marcha está prevista para esta manhã, partindo da estação central até o emblemático Portão de Brandenburgo, onde vários líderes do partido —incluindo seus dois presidentes, Alexander Gauland e Jörg Meuthen — tomarão a palavra.

Depois de ter avisado a Polícia que seriam 10.000 participantes, a direção do partido reduziu suas ambições, baixando para algo entre 2.500 e 5.000 manifestantes.

Muitos não se atrevem a manifestar publicamente sua afinidade política, temendo represálias em seu entorno, ou no trabalho, alega a AfD para justificar sua revisão para baixo no número de participantes.

Os contramanifestantes antifascistas devem ser muito mais numerosos, mais de 10.000, prevê a polícia.