A Bélgica, em meio a um levantamento gradual das medidas de confinamento, registrou no mês passado o seu mês de abril com mais mortes desde a Segunda Guerra Mundial pela epidemia do novo coronavírus, segundo um novo estudo.

Um total de 14.790 pessoas morreram na Bélgica em abril, acima do número habitual de mortes naquele mês, abaixo de 9.000 em média, indica o estudo da Universidade Livre de Bruxelas (VUB).

Os pesquisadores descobriram que desde a ocupação nazista da Bélgica na década de 1940, o país europeu não havia visto uma taxa de mortalidade tão alta em abril, mês em que o número de mortes registradas no inverno geralmente diminui com o início da primavera.

“A mortalidade na Bélgica é excepcionalmente alta, atingindo níveis sem precedentes, especialmente no período de 1 a 12 de abril”, afirmou a VUB em comunicado. Em 10 de abril, por exemplo, 639 mortes foram registradas, “o dobro” do que o esperado.

Abril de 2020 “foi o mês mais mortífero desde a Segunda Guerra Mundial, tanto em números absolutos quanto per capita”, segundo o estudo. Os pesquisadores calcularam uma taxa em abril de 2020 4% menor que a do mesmo mês em 1941.

O novo coronavírus atingiu a Bélgica com força, com uma das mais altas taxas de mortalidade per capita do mundo, embora o vírus pareça estar recuando e o país de 11,5 milhões de habitantes esteja começando a levantar algumas restrições.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiou o governo por fazer uma contagem de mortes mais precisa do que alguns de seus vizinhos, o que pode se refletir em uma taxa de mortalidade mais alta.