Eternizado na capa de um dos álbuns mais icônicos da música, Spencer Elden, o bebê de Nevermind, do Nirvana, está processando a banda por produção de pornografia infantil. A somatória dos pedidos pode render mais de US$ 2 bilhões (algo em torno de R$ 11 bilhões) ao norte-americano, hoje com 30 anos.

Segundo o The Guardian, o processo corre em um tribunal da Califórnia e tem como réus os membros vivos da banda – Dave Grohl e Krist Novoselic –, a viúva de Kurt Cobain, Courtney Love, além das gravadoras que lançaram ou distribuíram o álbum desde o lançamento, em 1991.

+ Globo cancela novelas do fim de tarde e dramaturgia segue congelada

Com 4 meses quando a foto foi tirada, em meados de 1991, Elden alega que nunca foi pago para aparecer na capa do Nevermind e seus pais não assinaram formulário de autorização. Ele também afirma que a imagem produziu “danos ao longo da vida” e sofrimento emocional com manifestações físicas.

Ao todo, ele cobra US$ 150 mil de cada um dos 15 réus listados no processo, o que pode render mais de US$ 2,2 bilhões (R$ 11 bilhões na cotação atual) em danos de imagem.

Em 2016, como parte da comemoração dos 25 anos de Nevermind, Elden recriou a imagem para o New York Post e disse que não teve escolha sobre a forma como suas partes íntimas seriam usadas e mostradas para todo mundo. Na época, os pais receberam US$ 200 como cachê na sessão do fotógrafo Kirk Weddle e o Nirvana era uma banda que fazia sucesso moderado em Seattle (EUA), se tornando a banda mais famosa do mundo logo após o lançamento de Nevermind.

Hoje em dia, Elden é artista plástico e estuda no Art Centre College of Design, em Pasadena, Califórnia.